Somos ensinados desde pequenos a “nunca deixar a peteca cair”. 
Mas, o que isso quer dizer?

Na prática da vida cotidiana, implica em não respeitarmos nossos limites. 

Enfrentamos no dia a dia, eventos muito distintos daqueles que modelaram o nosso desenvolvimento como espécie. Fugíamos de leões da montanha, tigres dentes de sabre, agora enfrentamos monstros que estão atrás do telefone e do computador, sem que possamos usar nossas reações musculares. Os eventos que nos amedrontavam aconteciam ocasionalmente. Hoje, os confrontos acontecem dezenas de vezes ao dia.

O excesso de confrontos e a impossibilidade da descarga física geram um acúmulo de cansaço e, posteriormente de estresse. Se tivéssemos aprendido a respeitar nossos limites físicos e emocionais, ou, se pudéssemos respeitá-los. Tiraríamos folgas periódicas para aproveitar o sol e ficar lendo em casa.

Mas, vemos esse respeito como uma fraqueza. Vemos esse respeito como uma impossibilidade. Vemos isso como “deixar a peteca cair”.

Aí, o infarte, a crise de pânico, a depressão e a ansiedade serão as únicas capazes de nos dar a tão merecida folga, o tão merecido descanso.
Então, mate o seu leão do dia e avalie se, depois disso, uma pausa não é merecida.