Ainda vai longe um dia melhor para a nossa economia. Mas, como a coisa está realmente assustadora, principalmente em termos de segurança pública, começa a surgir um otimismo um pouco forçado. Esse otimismo coincide com uma estagnação da piora. Paramos de cair. E, esse otimismo é fundamental para reassumirmos as rédeas da reconstrução nacional. Ele é falso, forçado e tem grande probabilidade de ruir frente às próximas decisões do senado e dos comportamentos do presidente merrequeiro. A questão é que não existe mais nenhuma possibilidade de retração. Fugimos de tudo e de todos nos últimos 24 meses, agora não tem mais como encolher, retroceder ou fugir. Então, como fruto de não ter mais escapatória, voltamos a acreditar que é possível reagir. Vejo nas conversas, nas reuniões, nos cafés, e, até na postura geral de quem caminha na Rua das Flores, um ar um pouco mais engajado, menos postura de derrota. Essa é uma hora importante. O dinheiro ainda não voltou a circular, mas pessoas e empresas começam a se reorganizar, procurar negócios, parcerias e possibilidades para um futuro próximo. Então, é hora de reorganizar, procurar alternativas, de preferência, ainda sem custo, e pensar o futuro. Chegamos ao fundo do poço em termos econômicos e sociais, roubaram caminhões do correio em Curitiba, cheios de carga importada, assaltaram atletas no Rio de Janeiro, fecharam um número incontável de postos de trabalho. Chegamos ao fundo do poço, essa é uma hora de otimismo, hora de planejar a subida, porque ela será longa.