É! Esse negócio de blog exige certo compromisso. Sem compromisso, sem postagem.
Minha esposa viajou e eu estou amargando umas saudades daquelas. Surpresas do amor. Depois de sete anos juntos, eu realmente não imaginava que a essas alturas do campeonato, eu sentiria tantas saudades dela. Uma semana de viajem e é como se meu coração estivesse sendo lentamente arrancado pelo meio de minhas costelas. “Exagero!!!” você leitor inexistente diria. Mas não! Realmente tenho sentido muitas saudades.

É bem verdade que o maior sofrimento não é a saudades, mas a sensação de fragilidade e impotência geradas pelas saudades. A medida que a saudades cresce, uma estranha sensação de que o amor do outro está se extinguindo toma conta do pensamento. Com o passar dos dias, a vergonha de estar sofrendo tanto, por uma coisa racionalmente tão tola, me faz sentir inadequado, fraco e pouco determiando. Em resumo, uma bosta!

Falei no telefone com ela agora pouco e, vindo pelos fios, ouvi as palavras mágicas “eu te amo”. Mas, esse sinal de carinho, ao invés de acomodar a inquietação do meu peito, parece agitar ainda mais as serpentes do meu pensar. Acelerando meu pensamento e me deixando paranóico. Me sinto chato e acho que ela vai deixar de me amar. Grudendo, piduncho e frouxo.

Que horror, o Punk rock parece barulhento, as doces melodias da Ivete Sangalo parecem hinos. tento ser forte e tocar a vida! A final: “é só uma semana!”. Quanto mais cobranças, mais inadequado me sinto.

Sinto pena da minha esposa, que marido fraco ela arranjou…

Hoje é quarta feira, ela chega no sábado, a semana parece longa e dor parece que vai se multiplicar… Que solução! Que fraco!