Esse negócio de saber que vou escrever para não ser lido é curioso. Não consegui parar de pensar, desde ontem à noite, quando escrevi pela última vez, que precisava assumir o compromisso e o desafio de escrever para ninguém ler. E não escrever bobagem, mas procurar escrever bem e para mim mesmo.
Achei uma citação do Erik Erikson que vale apenas transcrever:
“O amor piegas e adulatório pode inflamar amores infantis incestuoso por um ‘objeto’ atual; a atividade genital pode ajudar dois indivíduos a usarem-se mutuamente como esteios contra a regressão; mas o amor genital mútuo volta-se para o futuro e a comunidade. Atua no sentido de uma divisão de trabalho naquela tarefa vital que somente dois indivíduos de sexo oposto podem realizar em conjunto: a síntese de produção, procriação e recriação na unidade social primária de algum sistema familiar.
Se a identidade de ego dos amantes e casais é complementar em alguns aspectos essenciais, ela pode fundir-se no casamento para benefício do desenvolvimento do ego dos filhos. Do ponto de vista de tais identidades conjuntas, a fixação “incestuosa” em imagens parentais não pode ser considerada necessariamente patogênica… Pelo contrário, tal escolha faz parte de um mecanismo étnico, à medida que cria uma continuidade entre a família em que um indivíduo e a família que ele estabelece. Assim, perpetua a tradição, isto é, a soma de tudo o que foi aprendido pelas gerações precedentes, numa analogia social com a preservação dos ganhos da evolução no acasalamento dentro da espécie.”
Genial, não é?
Não!! Nâo entendeu? Leia de novo!
Ainda não gostou?
Então fo…-se!
I didnt understand!
Marildinha