Tinha uma convicção tão certa que nada podia atingi-lo, que o dia em que a pedrada o derrubou, ficou desesperado.Eu estava longe, mas foi bonito de ver.
Ao longo da vida, havia recebido uma série de ofertas espirituais: patuás, quermesses, novenas, correntes de orações, etc.. Mas, nunca, nada havia lhe chamado a atenção, nada lhe pareceu importante.
Sempre foram suas palavras, entusiásticas e veementes. Sempre foi sua habilidade de ler a plateia em volta. Sempre foi sua habilidade gigante de, na mesma frase, construir e desconstruir afirmativas. Sempre foi o talento que o salvou.
Mas, dessa vez, parece que o inquebrável telhado de concreto, metamorfoseou-se em um fino telhado de vidro. Parece que tudo o que o protegia, parceiros de mídia, parceiros de tribunais, parceiros de procuração. Parece que tudo o que pode construir, com sua gigante habilidade de orador: sumiu!
Não me pergunto se o sumiço das diversas camadas de interesses que formavam o concreto que o protegia deviam sumir. Claro que deviam. E devem para todos sumir.
O que me pergunto, do amanhecer ao anoitecer, é: por que demoraram tanto? Fico curiosíssimo com jornalistas que por 13 anos defenderam ferozmente seu telhado de vidro.
Fico curiosíssimo com juízes federais e estaduais que que o protegeram por 13 anos de pedradas. Fico curiosíssimo com políticos e procuradores que o protegeram e incentivaram por 13 anos a caminhar por becos escuros, longe da moral televisiva. Essa gente podre que me enoja. Gente que sabia de tudo e sabe, ainda, de muito mais, sobre muitos. Gente de barganhas e chantagens.
Gente que não é de esquerda nem de direita, gente que é de dinheiro.
Teu telhado sempre foi de vidro, o concreto que te protegeu, era de outros e, é esse concreto que deve se partir. Não corra atrás de patuás ministeriais para se proteger. Faça sim, o que deve ser feito,Faça a revolução que sempre pregou.
Denuncie, como outros fizeram, e assim desmanche o concreto de 500 anos que lacra nosso país de crescer e prosperar. Provoque a revolução! Denuncie! Seja o pivô! Honre as suas Barbas, profeta!