My passion in the study of philosophy is to read Michael Foucault. The study of the relation between subject and power is the force that shaped the last 3,000 years of human history. Covered by the values and discourses of each epoch, the relation between subject and power guided the constitution of cultural spaces (and therefore the apparatus of subjection) and, as consequence, the constitution of each subject.
As a psychologist, inevitably, the relations between the subject and power within the workplace are a constant subject of discussion, whether in the office environment or in People Management. Incidentally, the view is clear to me, the human resources department is the micro representation of a typical subjection apparatus. Leading collective discourses (such as productivity, cooperativity, leadership, employees) add to them, the company’s own discourses (goals, missions, goals, career plans, interests) and seeks to build ways of subjecting employees from the factory to these speeches so that, during the 44 hours of work per week, all will walk in the same way.
From the speeches of human resources, what I like the most is Leadership discourse. This is the discourse that deals with the relation of power between individuals, a relation of power based on the existence, in the organization chart, of a structure of power previously based on positions or titles. Thus, according to a meritocracy determined by the professional profile (how the subject must be and what skills and knowledge he must have with him to have the merit to be in the work position), a person is selected to the position and, as consequence, to submit the person who is in the undergrade.
The subject in command and the subject to obey. The best in this situation, when we think upon this point of understanding is that, whoever submits the other to his power, do not submit the other to his will (should not), but rather submits to the interests of the company. Power (gave by the charge) from the subject, but the will is the company will.
The characteristics from the occupation, from the titles occuped, will be forge by the relation of subjection into the interests of the company, from the choice of tasks, that will comprise the work routine, to informal and formal knowledge that is needed to be in the position, cost of the hour worked, productivity (quality and quantity of what is done during the tasks) until the destiny, the fate, of this subject submitted within the company. All will be in balance when the decision about the right person to
When the work environment is healthy (?), These rules are clear, they form a repertoire of submission based on conditions that function as a process of development and evolution. This development elevates the individual from a lower position (with tasks, routines, and so-called lower authorities) to a higher position. As a pyramid, when more at the base of the pyramid, less authority over others, less creative are the activities and more repetitive are the routines. On the other hand, positions with more power to themselves are at the top of the pyramid. Then, more subjects to supervise and command.
The higher up the pyramid, the more executive the function is, and therefore more people are under the executive’s command, more roled and less mechanical handling. But the central point is that the higher the pyramid, the
In this view, the discourses of Situational Leadership, High-Level Leadership, and co-Leadership are excellent speeches. These speeches are presented in a way that puts executives in a position of productivity. Companies have fewer and fewer employees, so, even the highest positions must be directly responsible for production. With this, to create speeches in which the “leader has the responsibility to do with the subordinate”, “the leader must work for his team”, “the leader must have empathy and understand the position of the subordinate”, seems a great strategy of speech.
At the same time, for someone unnoticed, it may seem that speech brings equality for all. It actually suggests that power should be exercised in a different way. Instead of to command, to delegate or to submitted without being involved with the process: “submit and make it done.” The Leader is invited, in a more Christian way, to ask “what do you need from me to be submitted to achieve the expected results?”, “what can I do for you?”.
Literally, it is the Christian morality: no one will enter into heaven alone! And therefore the priest must preach to those who are lost. It is necessary that the saint works to bring the sinner to heaven with him, so it is necessary to mingle with sinners in order to save them.
In these contemporary discourses, the description is no more of an ordinary pyramid, but of an inverted pyramid. Showing that the higher is the position, more people to lead, and therefore more people need to work for, coordinate for, prepare for the conditions and results to arise.
This may seem like a criticism or a less-imprisoned by these speeches. But it is not. I really appreciate “the Monk and the Executive”, I appreciate that detachment from being and position, I appreciate the distance between the tittle and the excuse to exercise the power. Fewer titles and more people. I think Christianity places power relations in a term of personal development and growth toward the reach of heaven
No, I’m not a Christian. But I acknowledge that Christian morality has taken the man from certain barbarities by his good-will standardization. And much of the notion of humanization comes from this Christian paradigm. Even though Christianity, on the other hand, has delayed much for humanity development burning the knowledge.
The exercise of power is inevitable. And, as Foucault himself said, politics is only possible when war is not more a possibility. Thus, this accommodation, this smoothing of the exercise of power is fundamental, especially when we think that work, that this the largest and longer space of subjection, is the condition that will be maintained for 44 hours a week for 40 or 45 years throughout life, to have a better envairoment to work is great.
Just as a pastor can work by inspiring his faithful, a teacher can enthuse his students, a boss can be less of a jerk and clear the rules of the game, and especially play along.
Liderança e Poder
Liderança e Poder
Minha paixão no estudo da filosofia é a leitura de Michael Foucault. O estudo da relação entre sujeito e poder é a força que moldou os últimos 3mil anos da história da humanidade. Acobertada pelos valores e discursos de cada época, a relação entre sujeito e poder guiou a constituição dos espaços culturais (e por tanto os aparatos de sujeição) e com fruto a constituição de cada sujeito.
Como psicólogo, inevitavelmente, as relações entre o sujeito e poder dentro dos ambientes de trabalho são pauta constante de discussão, seja no ambiente do consultório ou na Gestão de Pessoas. Aliás, a visão é clara para mim, departamento de recursos humanos é a representação micro de um aparto de sujeição típico. Encabeça discursos coletivos (como produtividade, cooperatividade, liderança, colaboradores) soma a eles os discursos próprios da empresa (objetivos, missões, metas, planos de carreira, interesses) e procura construir formas de submeter os funcionários (do dono da empresa até o chão de fábrica) a esses discursos para, durante as 44 horas semanais de trabalho, todos caminhem na mesma toada.
Dos discursos de Gestão de Pessoas, o que eu mais gosto é o de Liderança. Esse é o discurso que trata da relação de poder entre os indivíduos, uma relação de poder baseada na existência, no organograma, de uma estrutura de poder previamente baseada em cargos ou títulos. Assim, de acordo com uma meritocracia determinada pelo perfil profissiográfico (como o sujeito deve ser e que habilidades e conhecimentos ele deve ter consigo), uma pessoa é selecionada para submeter a pessoa que é submetida. Um para mandar e outro para obedecer. Mais, legal e doido nisso, quando pensamos desse poto de vista, é que quem submete o outro, ou seja, o superior, não submete o outro a sua vontade (não deveria), mas sim, submete aos interesses da empresa.
Essa relação de sujeição aos interesses da empresa vão desde de escolha de atividade que compreenderão a rotina do trabalho, conhecimentos informais e formais que precisam ser adquiridos, custo da hora trabalhada, produtividade (qualidade e quantidade do que é feito durante as tarefas) e, até o destino desse sujeito submetido dentro da empresa.
Quando o ambiente de trabalho é saudável (?), essas regras são claras, elas formam um repertório de submissão baseado em condições que funcionam como um processo de desenvolvimento e evolução. Esse desenvolvimento eleva o indivíduo de uma posição inferior (com tarefas, rotinas e autoridades ditas inferiores) até uma posição superior. Como uma pirâmide, quando mais na base da pirâmide, menos autoridade sobre outros, menos criativa são as atividades e mais repetitivas são as rotinas. Por outro lado, mais pessoas com poder se posicionam na parte superior da pirâmide. Então, mais sujeito a supervisão e ao mando se encontra o funcionário.
Quanto mais acima da pirâmide, mais executiva é a função e, portanto, mais gente está sob o comando do executivo, mais papéis e menos manuseio mecânico. Mas, o ponto central é que, quanto mais alto na pirâmide, menos gente manda e mais gente está submetida ao poder. Claro, como num poder feudal, quanto mais gente submetida, mais responsabilidade e dever com o subalternos.
Nessa visão, os discurso de Liderança Posicional, Liderança de Alto Nível, Coliderança, são discursos ótimos. Esses discursos se apresentam com forma de colocar os executivos também em uma posição de produtividade. Na medida em que as empresas têm cada vez menos funcionários, mesmo os cargos mais elevados, precisam ser responsáveis diretos pela produção. Com isso, criar discursos em que o “líder tem a responsabilidade de fazer com pelo subalterno”, “o líder deve trabalhar para a sua equipe”, “o líder deve ter empatia e entender a posição do subalterno”, parece uma ótima estratégia de discurso.
Ao mesmo tempo que, para alguém desapercebido, pode parecer que o discurso traz igualdade para todos. Ele na verdade, sugere que o poder seja exercido de uma forma diferente. Ao invés de mandar, delegar ou submeter sem que haja a necessidade de se envolver com o processo: “submeta-se e pronto.”. O Líder é convidado a, de forma mais cristã, perguntar “o que você precisa que eu faça para que sua submissão traga os resultados esperados?”.
Literalmente, é a moral cristã de que, ninguém entrará sozinho no céu e, portanto, é preciso pregar aos que estão perdidos. É preciso que o santo trabalhe para levar o pecador para o céu com ele, então é preciso misturar-se com os pecadores para poder salvá-los.
Nesses discursos contemporâneos, a descrição não é mais de uma pirâmide ordinária, mas de uma pirâmide invertida. Mostrando que, quanto mais elevado é cargo, mais gente se lidera e, portanto, para mais gente se precisa trabalha, coordenar, preparar as condições para que os resultados possam surgir.
Isso pode parecer uma crítica ou um menos-preso por esses discursos. Mas não é. Eu realmente aprecio “o Monge e o Executivo”, aprecio esse afastamento do ser e seu cargo, aprecio a mudança na forma do exercício do poder. Acho que o cristianismo coloca as relações de poder em um termo de desenvolvimento e crescimento pessoal em direção ao alcance do céu que, se fosse realmente seguido pelos homens, seria um mundo muito melhor. Basta pensarmos em um padre que prega com amor e um padre que prega com a inquisição, os resultados são necessariamente diferentes, dentro da mesma igreja.
Não, não sou cristão. Mas, reconheço que a moral cristã afastou o homem de determinadas barbáries com suas normatizações. E, boa parte da noção de humanização, vem desse paradigma cristão. Mesmo, que o cristianismo, por outro lado, tenha atrasado muita coisa para a humanidade.
O exercício de poder é inevitável. E, como já dizia o próprio Foucault, a política só é possível quando a guerra não é o mais. Assim, esse acomodamento, essa suavização do exercício do poder é fundamental, principalmente quando pensamos que o trabalho, que esse espaço de sujeição, é a condição que será mantida por 44horas semanais por 40 ou 45 anos ao longo da vida.
Assim como um pastor pode trabalhar inspirando seus fiéis, um professor pode entusiasmar seus alunos, um chefe pode ser menos imbecil e clarear as regras do jogo e, principalmente, jogar junto.
Minha paixão no estudo da filosofia é a leitura de Michael Foucault. O estudo da relação entre sujeito e poder é a força que moldou os últimos 3mil anos da história da humanidade. Acobertada pelos valores e discursos de cada época, a relação entre sujeito e poder guiou a constituição dos espaços culturais (e por tanto os aparatos de sujeição) e com fruto a constituição de cada sujeito.
Como psicólogo, inevitavelmente, as relações entre o sujeito e poder dentro dos ambientes de trabalho são pauta constante de discussão, seja no ambiente do consultório ou na Gestão de Pessoas. Aliás, a visão é clara para mim, departamento de recursos humanos é a representação micro de um aparto de sujeição típico. Encabeça discursos coletivos (como produtividade, cooperatividade, liderança, colaboradores) soma a eles os discursos próprios da empresa (objetivos, missões, metas, planos de carreira, interesses) e procura construir formas de submeter os funcionários (do dono da empresa até o chão de fábrica) a esses discursos para, durante as 44 horas semanais de trabalho, todos caminhem na mesma toada.
Dos discursos de Gestão de Pessoas, o que eu mais gosto é o de Liderança. Esse é o discurso que trata da relação de poder entre os indivíduos, uma relação de poder baseada na existência, no organograma, de uma estrutura de poder previamente baseada em cargos ou títulos. Assim, de acordo com uma meritocracia determinada pelo perfil profissiográfico (como o sujeito deve ser e que habilidades e conhecimentos ele deve ter consigo), uma pessoa é selecionada para submeter a pessoa que é submetida. Um para mandar e outro para obedecer. Mais, legal e doido nisso, quando pensamos desse poto de vista, é que quem submete o outro, ou seja, o superior, não submete o outro a sua vontade (não deveria), mas sim, submete aos interesses da empresa.
Essa relação de sujeição aos interesses da empresa vão desde de escolha de atividade que compreenderão a rotina do trabalho, conhecimentos informais e formais que precisam ser adquiridos, custo da hora trabalhada, produtividade (qualidade e quantidade do que é feito durante as tarefas) e, até o destino desse sujeito submetido dentro da empresa.
Quando o ambiente de trabalho é saudável (?), essas regras são claras, elas formam um repertório de submissão baseado em condições que funcionam como um processo de desenvolvimento e evolução. Esse desenvolvimento eleva o indivíduo de uma posição inferior (com tarefas, rotinas e autoridades ditas inferiores) até uma posição superior. Como uma pirâmide, quando mais na base da pirâmide, menos autoridade sobre outros, menos criativa são as atividades e mais repetitivas são as rotinas. Por outro lado, mais pessoas com poder se posicionam na parte superior da pirâmide. Então, mais sujeito a supervisão e ao mando se encontra o funcionário.
Quanto mais acima da pirâmide, mais executiva é a função e, portanto, mais gente está sob o comando do executivo, mais papéis e menos manuseio mecânico. Mas, o ponto central é que, quanto mais alto na pirâmide, menos gente manda e mais gente está submetida ao poder. Claro, como num poder feudal, quanto mais gente submetida, mais responsabilidade e dever com o subalternos.
Nessa visão, os discurso de Liderança Posicional, Liderança de Alto Nível, Coliderança, são discursos ótimos. Esses discursos se apresentam com forma de colocar os executivos também em uma posição de produtividade. Na medida em que as empresas têm cada vez menos funcionários, mesmo os cargos mais elevados, precisam ser responsáveis diretos pela produção. Com isso, criar discursos em que o “líder tem a responsabilidade de fazer com pelo subalterno”, “o líder deve trabalhar para a sua equipe”, “o líder deve ter empatia e entender a posição do subalterno”, parece uma ótima estratégia de discurso.
Ao mesmo tempo que, para alguém desapercebido, pode parecer que o discurso traz igualdade para todos. Ele na verdade, sugere que o poder seja exercido de uma forma diferente. Ao invés de mandar, delegar ou submeter sem que haja a necessidade de se envolver com o processo: “submeta-se e pronto.”. O Líder é convidado a, de forma mais cristã, perguntar “o que você precisa que eu faça para que sua submissão traga os resultados esperados?”.
Literalmente, é a moral cristã de que, ninguém entrará sozinho no céu e, portanto, é preciso pregar aos que estão perdidos. É preciso que o santo trabalhe para levar o pecador para o céu com ele, então é preciso misturar-se com os pecadores para poder salvá-los.
Nesses discursos contemporâneos, a descrição não é mais de uma pirâmide ordinária, mas de uma pirâmide invertida. Mostrando que, quanto mais elevado é cargo, mais gente se lidera e, portanto, para mais gente se precisa trabalha, coordenar, preparar as condições para que os resultados possam surgir.
Isso pode parecer uma crítica ou um menos-preso por esses discursos. Mas não é. Eu realmente aprecio “o Monge e o Executivo”, aprecio esse afastamento do ser e seu cargo, aprecio a mudança na forma do exercício do poder. Acho que o cristianismo coloca as relações de poder em um termo de desenvolvimento e crescimento pessoal em direção ao alcance do céu que, se fosse realmente seguido pelos homens, seria um mundo muito melhor. Basta pensarmos em um padre que prega com amor e um padre que prega com a inquisição, os resultados são necessariamente diferentes, dentro da mesma igreja.
Não, não sou cristão. Mas, reconheço que a moral cristã afastou o homem de determinadas barbáries com suas normatizações. E, boa parte da noção de humanização, vem desse paradigma cristão. Mesmo, que o cristianismo, por outro lado, tenha atrasado muita coisa para a humanidade.
O exercício de poder é inevitável. E, como já dizia o próprio Foucault, a política só é possível quando a guerra não é o mais. Assim, esse acomodamento, essa suavização do exercício do poder é fundamental, principalmente quando pensamos que o trabalho, que esse espaço de sujeição, é a condição que será mantida por 44horas semanais por 40 ou 45 anos ao longo da vida.
Assim como um pastor pode trabalhar inspirando seus fiéis, um professor pode entusiasmar seus alunos, um chefe pode ser menos imbecil e clarear as regras do jogo e, principalmente, jogar junto.
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