A relação entre atenção, memória e afeto é, há tempos, muito
bem conhecida da neuropsicologia. A relação funciona mais ou menos assim: o evento e o desencadeamento emocional derivado dele, permitem ao indivíduo, de acordo com a variação da intensidade emocional, fixar com maior ou menor qualidade, os conteúdos que devem ser fixados a partir do evento.

Numa escala de intensidade e eficiência na fixação das memórias,
Prazer e medo vem dispardos em primeiro lugar. Mas, lembre-se que, determinadas escalas de medo, podem gerar black out no sistema. Por tanto, escalas estáveis de medo, por exemplo as derivadas de um certo grau de pressão e estresse no trabalho, escola ou na vida em geral, podem ser extremamente eficientes a curto prazo (6 meses há um ano).

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Funciona de uma forma meio óbvia, é gerado um espectro de
ameaça moral ou física no ambiente e, ela persiste por um período igual a
resolução da tarefa. Por exemplo: “se você tirar nota baixa esse ano, o papai Noel não trará presentes”. Quando dezembro chegar, a avaliação derendimento escolar é feita e, se não houver o rendimento esperado, papai Noel não traz o presente. Mas, no próximo ano, a ameça se renova depois de perpido sem que ela esteja presente.

Isso funciona no ambiente de trabalho maravilhosamente bem.
Define-se um prazo, determinam-se consequências negativas não necessariamente explícitas e aguarda-se o prazo.

Em ambos os casos, durante o período de vigência da ameaça,
o cérebro terá potência. Elee estará reagindo ao ambiente com mais vigor, atenção, prontidão. Ele estará trabalhando com doses perfeitas de adrenalina, cortisol, dopamina e endorfina. Estando assim, em seu melhor rendimento.

O problema reside no fato de o corpo se acostumar com tudo
e, com o passar do tempo, também se acostumará coma presença massiva dessas substãncia e, por tanto, seus efeitos deixarão de ser percebidos, fazendo com que o rendimento volte ao padrão anterior. Por, isso, a gestão da memória pelo medo é fugaz. Não existe um prazo, um modelo, um tempo eficaz para todas as pessoas. Sendo assim, o gestor da ameaça, o pai, a mãe, o gerente ou o papai Noel, precisam ter a tenção de perceber individualmente seus liderados.

Mais complicado ainda, a exposição constante e prolongada a
esse modelo pode levar a consequências nefastas como a depressão e a ansiedade. Transformando a vida de todos ao redor em caos
e sofrimento.

A gestão do processo de memomorização pelo prazer é muito
mais eficiente. Aprender com prazer é algo que não tem preço e, normalmente exige zero de esforço. Um exemplo bobo ,mas absolutamente real é a facilidade com a qual aprendemos anetodas e pequenas piadas. Basta uma exposição ao estímulo e ela fica memorizada por uma vida.

Isso se dá, também, pela capacidade do cérebro de ser rapidamente
inundado pelo neurotransmissores e hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer (isso não vale para quando estamos crônicamente doentes).

Pense em comidas que gosta, pense nos seus hobbys, pense nas coisas que gosta e te dão prazer e , imediatamente o cérebro começa a te inundar com um balanço de neurotransmissores absolutamente recompensador.

Mas, por mas que você ame lasanha, comer lasanha todos os
dias, faz com que a lasanha perca a graça com o passar do tempo. Então, assim como no medo, o prazer continuo causa uma dessenssibilização e, com o passar os dias, se estímulo perde a força. Por isso, construir um ambiente que seja constantemente estimulante e prazeiroso é impossível. Assim, como fazer outra pessoa feliz, criar um filho para que ele “seja feliz”, fazer um ambiente CONSTANTEMENTE prazeiroso é impossível. A constância leva o corpo ao hábito e, por tanto, a zona de conforto, ou a homeostase.

O que faz com que as viagens a lugares fantásticos seja encantadora e estusiasmente é o constraste, se morar por va´rios anos nesse lugar fantástico, o hábito, tornará esse lugar especial, um lugar comum.

Isso valerá para todas as coisas, o amor, o sexo, a diversão,
a aúsica, a comida…. o hábito tira o contraste e, portanto, o impressão.

Ensinar com prazer, é uma forma de permitir que se aprenda
com prazer. Mas, e no trabalho? Uma educação que entusiasme pode ter mais valor e qualidade na aprendizagem doque o medo do papai Noel. Mas, como levar isso para o dia a dia e, mais, como transportar isso para o ambiente de trabalho?

Encantar-se com as planilhas…

Sei lá. Mas, se você souber… compartilhe!

Raul de Freitas Buchi